terça-feira, 17 de março de 2015

Sobre Aqueles Que Não Devem Comungar

São Simeão o Novo Teólogo

Devemos saber que existem cinco classes de pessoas as quais, de acordo com os santos Padres, são proibidas de se aproximarem da Sagrada Comunhão. A primeira são os catecúmenos, pois eles ainda não foram batizados. A segunda são os batizados, mas os quais se apaixonaram por caminhos vergonhosos e injustos, como apóstatas da vida santa para a qual foram batizados: fornicadores, assassinos, usurários, roubadores, caluniadores, pessoas orgulhosas, pessoas invejosas, aqueles que guardam ressentimentos, todos aqueles que se encontram em tal estado não sentindo que eles são inimigos de Deus e estão em uma situação trágica, porque eles não se arrependeram ... A terceira são os endemoninhados, se blasfemarem e zombarem deste Mistério Divino. A quarta são aqueles que vieram a seus sentidos e se arrependeram, mas estão cumprindo a penitência (epitimia) colocada sobre eles para que fiquem fora da igreja por um determinado período de tempo. A quinta são aqueles que ainda não têm o fruto maduro de arrependimento, ou seja, aqueles que ainda não chegaram a uma decisão final para consagrar toda a sua vida a Deus e viver o resto de sua vida em Cristo em pureza e sem censura. Estas cinco classes são claramente indignas da Sagrada Comunhão. Ele é digno de comungar os preciosos Mistérios que são puros e não têm parte com o pecado, de quem temos falado anteriormente. Mas quando qualquer uma dessas pessoas dignas são corrompidas por qualquer tipo de corrupção, como um homem, então, é claro, ele também comunga indignamente, se ele não se lavar pelo arrependimento do que ele foi corrompido. E assim ele come e bebe indignamente, que, embora ele seja digno, indignamente se aproxima dos Santos Mistérios. Que possamos, então, sermos dignos e comungarmos dignamente os Mistérios mais puros em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem seja glorificado por toda a eternidade dos séculos. Amém. ("No que diz respeito aos Comungantes e aqueles que participam dos Santos Mistérios indignamente", Vida Ortodoxa, julho-agosto de 1975, p. 11.)

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