Por Brian Zahnd
Quando se considera a fé e prática Cristã, nós estamos habituados a perguntar, "isso é verdade ?", mas nós também precisamos perguntar, "isso é belo ?"
Os antigos filósofos Gregos, e mais tarde os Pais da Igreja, falaram de três virtudes primordiais: Verdade, Bondade e Beleza. Como virtudes primordiais, Verdade, Bondade e Beleza, não necessitam de justificação adicional - elas são suas próprias justificações, a qual é uma maneira de dizer que a Verdade, a Bondade e a Beleza não necessitam serem feitas práticas - Elas não precisam fazer nada para serem de valor. O valor da virtude é inerente; nós simplesmente escolhemos Verdade, Bondade e Beleza porque elas são Verdadeiras, Bondosas e Belas.
Os primeiros teólogos Cristãos localizaram a fonte dessas virtudes primarias como procedentes do próprio Deus - Verdade, Bondade e Beleza são virtudes pois Deus é Verdadeiro, Bondoso e Belo. Assim essa trindade de virtudes tornaram-se um guia para a vida cristã,enquanto buscamos a acreditar no que é verdade, sermos o que é bom, e observarmos o que é bonito.
Mas é essa terceira virtude, a virtude da Beleza, a que tem sido mais marginalizada na nossa forma de entender e avaliar o Cristianismo. Como resultado, o Cristianismo sofreu uma perda de beleza - uma perda que deve ser recuperada. Como ênfase na verdade, nós tentamos fazer o Cristianismo persuasivo (como deveríamos). Mas nós também precisamos de uma ênfase correspondente na beleza para tonar o Cristianismo atraente. O Cristianismo não deve apenas persuadir com a verdade, mas também deve atrair com a beleza, Juntamente com a apologética cristã, nós precisamos de estética cristã. Ele deve ser apresentado como belo. Frequentemente onde a verdade não pode convencer, a beleza pode seduzir.
O aspecto estético da testemunha cristã e doutrinal necessita ser desenvolvido, e nós fazemos isso focando na unica forma de beleza cristã... a unica forma do cristianismo é a cruciforme - Cristo na cruz, com os braços estendidos no abraço sofrido, perdoando o mundo de seus pecados. Essa é a beleza que salva o mundo, e o simbolo dessa graça salvadora é a cruz.
Que a cruz romana, um instrumento de tortura física e terror psicológico, jamais poderia tornar-se um objeto de beleza representando a fé, esperança e amor é um maravilhoso milagre de transformação. Toda cruz adornado uma igreja é nela mesma um sermão - proclamando que se Cristo pode transformar o instrumento romano de execução em uma coisa de beleza, há esperança de que em Cristo todas as coisas podem ser feitas bonitas! Essa é precisamente a reivindicação que a fé Cristã faz a respeito do que Jesus realizou em sua morte - e essa é uma reivindicação espantosa!
Tirado de Beauty Will Save the Wolrd: Rediscovering the Allure and Mystery of christianity by Brian Zahnd( Charisma House, January 2012)
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